A Liberação Miofascial é uma forma de terapia manual (com ou sem instrumentos) que envolve aplicação de baixa carga, tensão tangencial de longa duração no complexo miofascial com intenção restabelecer o comprimento ótimo, redução da dor e potencializar a função. Diversos estudos suportam a eficiência da Liberação Miofascial para tratamento de diversas condições.
Os objetivos principais da Liberação Miofascial são: reduzir tensão miofascial, auxiliar no ganho da extensibilidade tecidual, prevenir e tratar dor miofascial pós-exercício, reduzir dor miofascial e assim, potencializar a função e contribuir no processo terapêutico de acometimentos cinético funcionais, pode ser realizada com ou sem instrumentos, ou seja, de forma manual.
A liberação miofascial manual envolve o uso de técnicas como fricção, deslizamento, compressão, alongamento, percussão e vibração. Já a liberação miofascial com instrumentos pode ser feita com vários instrumentos, tais como os crochê (ou ganchos) ou os instrumentos de Gastron. Muitos desses instrumentos foram desenvolvidos para aliviar a sobrecarga sobre a mão do terapeuta e também para alcançar áreas em que a mão não consegue alcançar.
A liberação provoca mudanças na viscosidade da fáscia que geram um melhor deslizamento dos tecidos eliminando a pressão excessiva em áreas dolorosas e restaurando o alinhamento. Ela atua sobre as células do fuso muscular, que respondem com uma contração reflexa aos alongamentos rápidos, e sobre os órgãos tendinosos de Golgi, que são responsáveis por captar informações proprioceptivas de músculos e tendões.
A pressão exercida pela liberação miofascial pode inibir os fusos musculares e estimular os OTG, assim como alterar o tônus muscular levando a um relaxamento muscular, permitindo que os músculos se contraiam e se alonguem de modo mais eficiente. Ainda, as melhoras obtidas após a liberação miofascial são devidas ao alongamento do componente elástico, à liberação das ligações cruzadas que podem desenvolver pontos nodais da fáscia e à mudança da viscosidade da fáscia.
Alguns exemplos de condições patológicas em que a liberação miofascial pode ser utilizada como tratamento são: Síndromes miofasciais, tendinites, dores musculares, fasciíte plantar, ombro congelado, bursites entre outras.
Por Jefferson L. Silva | Fisioterapeuta – Crefito: 264161